quinta-feira, março 26, 2009

Janelas, muitas janelas

Já que no blog do Eduardo e da Lara o assunto é o que se vê pela janela, resolvi imitá-los, assim descaradamente:
As janelas que me proporcionam mais imagens são as de onde trabalho, até porque são três em volta de mim, então tenho uma visão ampla de toda uma esquina, posso ver tudo e todos que aqui passam. Mas não se empolguem, não acontece nada de mais, por enquanto nenhum disco voador pousou, ou algum crime misterioso sucedeu, nem filmagens de curtas, longas e comerciais como na rua da Lara.
A visão diária se resume a uma construção, um mercado e pessoas transitando (que sempre me olham com uma cara estranha, fazendo me sentir O CARA ESTRANHO). O que tem de mais poético são alguns passarinhos cantando e o vento que entra pelas janelas. Porém, nesse momento posso observar a chuva mansa que cai, as árvores que se agitam com o vento. Sem falar no cheiro de terra molhada que invade a sala. Hummm... Muito agradável... Inspirador! Pena que a chuva está acabando de acabar. Vou ficar esperando que ela volte... Enquanto isso, me resta o retorno ao trabalho. Até mais...

P.S.: Sim, eu estava sem assunto... Desculpas!

sexta-feira, março 20, 2009

VINTE E MAIS ALGUNS

”O tempo passa, o tempo voa; e a poupança Bamerindus continua numa boa.”
Você já ouviu essa música em algum lugar? Talvez os mais jovens não a conheçam. Mas a galera da... “antiga” (Nossa! Acho que me senti velho agora) provavelmente tenha cantado em coro toda vez que os comerciais bem-humorados do extinto banco eram exibidos e, quem sabe, ainda lembrem saudosos, daquele senhor barbudo, de sorriso simpático, que nos transmitia uma boa imagem da poupança Bamerindus.
Calma senhores! Não levantem-se ainda. Não pretendo dar uma de publicitário (chato) apaixonado pela profissão e ficar divagando a respeito da qualidade e criatividade da propaganda brasileira, de como ela marca nossas vidas, nos abre sorrisos, nos emociona e blá, blá, blá... Não farei isso! Ao menos não hoje. Porém, é possível que esse sucesso publicitário, somados a tanto outros, tenha certa porcentagem de culpa no meu abrir de olhos e interesse em encarar essa brincadeira como profissão. No entanto, também não é disso que quero falar.
A verdade é que esse jingle lembra minha infância, lembra as vezes que largava tudo que estava fazendo e corria em direção à tevê para cantar junto essa musiqueta tão fácil de decorar. Lembra as vezes que ficava cantarolando distraído esse e outros jingles, principalmente naquela aula chata, daquela professora, que tenho certeza, tinha mania de perseguição para com a minha pessoa. É inevitável não associá-la ao meu tempo “criança de ser”, de uma época que podíamos transformar tudo quem víamos em brincadeira e diversão. Pelo menos no meu tempo, se era criança, oficialmente, até os doze anos de idade. Hoje, deve ser só até os sete, com toda essa criançada ansiosa em tornar-se adolescente (só adolescente, porque adulto é muito chato, tem responsabilidades e tal). Quem sabe um dia eu conto pra elas o quanto era divertido ser criança na minha época.
Todo esse momento nostalgia deve-se a anual alteração de dígitos naqueles números que contam minha idade, para mais é claro. E como é quase inerente ao ser humano reclamar do tempo que passa, das rugas que surgem e dos cabelos brancos que se multiplicam (no meu caso prematuramente... Ah! Essas heranças genéticas), não podia deixar de manifestar-me.
É assim, não é? A infância se foi, alguns brinquedos quebraram, a virgindade eu perdi, a faculdade veio, a faculdade acabou, e aqui estou completando meus vinte e mais alguns anos. Não tem jeito, a vida acontece, seja em uma semana, em meses ou em apenas um dia, sempre acontece. E o tempo passa. Nem a poupança Bamerindus foi imune a ele, por que nós seríamos? A diferença está no que se faz com a idade: será um ano mais velho? Ou um ano a mais de vida? Um ano a mais de vida acontecendo, com certeza... E vá lá, de tempo voando ou, voando no tempo. Como diz um cartão virtual (mala-direta) de aniversário que recebi há pouco: “de que adianta acender outra velinha, senão para ter mais uma história pra contar?” Mui sábio, não?

Outono e Eu

Sempre gostei de comemorar meu aniversário junto aos primeiros ares de outono. Gosto de dividir o meu dia com a suavidade desta estação, fase em que a natureza fica ainda mais charmosa, com seus primeiros ventos leves e um tanto gelados, as primeiras folhas caindo e as luzes dos dias mais melancólicas, mas não menos belas...

quarta-feira, março 11, 2009

Fragmento

Intimidade de jovens amantes na cama, ligados olho a olho, peito nu a peito nu, órgão a órgão, joelho a joelho arrepiado trêmulo, trocando atos amorosos e existenciais pela tentativa de conseguir a chave da dor (Trecho de Os Subterrâneos de Jack Kerouac)
Já faz um mês ou mais que li esse livro, mas gosto desse trecho, da forma como ele descreveu o ato. Vale a leitura do livro todo.