Lá fora, no varal de meus planos, tremulam coloridos os panos. É vento calmo, vento frio, que me arrasta para a vida... Levo meu copo de bebida barata, passo a mão numa coberta, sento na varanda e vejo ventar...
Gosto do branco, do espaço em branco.
Gosto do traço, raso, impreciso, indeciso.
Gosto do resto amontoado no canto.
Mas gosto mais do risco no branco, no papel em branco.
Da meia palavra em diante,
De tudo meio dito, maldito,
De tudo que está escrito, eu gosto!