quarta-feira, junho 10, 2009

Jovens Sabores

Dos traços maus feitos e dos refeitos,
Não restam mais que borrões
Que já não revelam a vida, nem os desejos
Que nasciam entre línguas e dedos,
Entre saliva e suor,
Dos amantes jovens.
De um tempo passado: um sonho quente,
Os sorrisos, as horas
Que antes lhe entorpeciam
Numa convivência de pura emoção.
Naqueles dias não se chorava lágrimas de desamores
Vivia-se apenas o desejo
Que queimava de lábios úmidos
De corpos quentes
Que se misturavam em gozos rápidos,
Em beijos secretos
Testemunhados apenas pelas mornas tardes e longas noites.
E como eram belas as notas daqueles amores curtos,
Que flutuavam leves
Embalados pela embriaguez da vontade
E da ilusão de vida intensa, vivida num minuto.
Pois eles tinham toda a juventude,
Mas queriam apenas o agora.

2 comentários:

Jana Santiago disse...

Muito nós essa poema...

Queremos o agora... Pensar no depois pra que??

Queremos a emoção do ato, DR pra que?

Queremos viver intensamente, ser mediocre pra que?

Nesse meio de tanto querer, as vezes, também nos sentimos vazios...

Mas ficamos assim, querendo!

Beijão da tua alma gêmea que canta!
Jana!

Marcelo A. disse...

Venho aqui te comunicar da continuação "daquele" post e eis que encontro tão belas palavras...

Mandou super bem! Vez ou outra é bom vivermos esses amores: urgentes, apressados, sem preocupar-se com o amanhã, apenas gozar o hoje...

Cara, muito bom!

Ah, já ia esquecendo... O Senhor Destino (eh, eh, eh) tratou de fazer a Kátia encontrar a morena do banheiro. Portanto, se quiser saber no que deu, apareça lá no "Diz"!

Abração, meu querido!