terça-feira, maio 19, 2009

Há quem prefira sapos






Príncipes eu não sei, mas cavalos brancos existem aos montes.



Homens sempre procuraram cópias de suas mães, só que, claro, com mais peitos, mais bunda e dentro de vestidos sexys. Mulheres preferiam esperar pelo príncipe encantado, sobre um cavalo branco, disposto a lhes fazerem românticas serenatas (sem generalizar, por favor). Caminhos bem diferentes, não? Mas seriam felizes para sempre... Seriam.
Os tempos são outros, o “felizes para sempre” está cada vez mais distante, pouca oferta para muita demanda, etc, etc, etc. Agora, as mulheres esqueceram os almofadinhas, bons-moços, e querem lobos-maus, mas que venham com os olhos azuis do príncipe e cortem grama. Os homens? Bem... Sem muitas exigências, desde que lhe façam sexo oral e não tenham tantas dores de cabeça. Novamente, sem generalizações.
Falemos sobre sexo or... hã... digo, sobre príncipes encantados. Para começarmos, diga o nome de algum que você conhece... Nenhum? Ok, pode ser um que a sua avó, ou tia, conheça... Não? A vizinha da amiga da sua prima pode saber de algum? Nada? Vamos à outra tática: qual era o nome do príncipe encantado da Branca de Neve? Você não lembra? É eu também não! Assim como não sei nome do namorado da Rapunzel, da Cinderela, da Bela Adormecida e de tantas outras pobres donzelas infelizes, pelo menos até encontrarem seus verdadeiros amores, reconhecidos por um beijo (sem graça e sem língua, ao que parece). Se esses rapazes tinham nomes, não ficaram arquivados em minha memória, e nas suas provavelmente também não. Coitados, meros coadjuvantes.
Essas virgenzinhas, de contos de fadas, passam a histórias toda chorando rios de lágrimas a espera de um playboyzinho bem de vida, sensível e romântico, que lhes arrebatem para um mundo perfeito e lhes façam as mulheres mais felizes do mundo. Lindo, não é mesmo? No entanto, ao final de tudo, nem lembramos o nome desse sonho de consumo encantado. Chego a pensar que esse cara era o mesmo em todas as histórias. Se for, o rapaz era o maior pegador. Pulava de um conto para outro, desvirginava uma mocinha inocente aqui, beijava outra ali, partia o coração de umas dez... Nesse caso, nada mais conveniente do que permanecer no anonimato. Que bom que as moças não se conversavam, nem orkut tinham para ajudar (ou atrapalhar)!
Estou dizendo que o príncipe (sem nome) encantado é um cafajeste? Talvez. Mas uma boa pitada de cafajestice não faria mal, ou você agüentaria alguém babando mel no seu ouvido o resto da vida?
Com nome ou sem nome, ele só aparece no final da história! Que atrasado, não é? Nem se pode aproveitar muito, pois logo surge aquele último monossílabo que oculta todo o “felizes para sempre”. Então para todas, e todos, que esperam seus pares românticos ideais sugiro que beijem alguns sapos até que eles venham! Pelo menos se diverte mais, e numa dessas um sapinho pode até te encantar... E sua história acabaria mais ou menos assim: eles viveram felizes para sempre, fazendo sexo oral, com a grama do jardim sempre aparada. Fim!

3 comentários:

Adri disse...

Cara... Esse texto demorou pra sair. Mas ficou MUITO massa. Concordo contudo. E tudo o que eu quero é alguém nada anônimo na minha vida.

Beijo Gato. Quer ser o sapo da vez?

Marcelo A. disse...

Ei... Se alguém estiver à procura de um sapo, eu tô aqui!

Contato: www.marcelo-antunes.blogspot.com

Rsrsrsrsrs!!!

Adri disse...

Olha o jeito que eu escrevi, hahaha... Devia estar meio fora. Desculpa.