segunda-feira, agosto 11, 2008

Os novos caminhos do circo

Em tempos de visita do Grupo Tholl a Ijuí, duas vezes em menos de um ano, que acredito ser uma evolução cultural por aqui, aproveito tal ensejo para republicar um texto que escrevi para a revista Interativo (Santa Rosa) no ano passado:

O mundo mágico do circo sempre encantou crianças e adultos com todo o seu universo lúdico, poético e irreverente. Palhaços, trapézios, malabaristas e animais sempre foram os principais personagens circenses, um elenco responsável por abrir sorrisos, emocionar e surpreender.
Mas como toda a expressão artística, a arte circense, influencia e sofre influências. E a prova disso é que com o tempo, os picadeiros presenciaram grandes mudanças na vida do circo.
O maior e mais famoso circo do mundo, o Cirque du Suleil, é a manifestação das mudanças mais radicais dos números circenses e dos novos espetáculos.
O Cirque du Suleil, criado em Quebec no Canadá, em 1984, foi pioneiro nas inovações dos espetáculos e viaja o mundo inteiro divulgando um novo conceito de circo.
Bem mais próximos de nós, em Pelotas, existe o Grupo Teatral Tholl, criado no fim dos anos 80, com a intenção de unir teatro e dança em espetáculos circenses.
O novo circo, que parece ter vindo para ficar, explora a linguagem corporal, a dança e o teatro, associados a movimentos que desafiam a gravidade e a nossa imaginação, são capazes de criar uma atmosfera de fantasia tão ou mais impressionante e envolvente que a do circo tradicional.
E o enorme sucesso tanto do Cirque du Suleil, quanto do Grupo Tholl é a resposta positiva do público em relação ao novo circo que cresce cada vez mais.
Os palhaços ainda vivem, mas agora eles são também acrobatas e contorcionistas, que com suas danças e representações emocionam e divertem grandes platéias. O circo não morreu, ele modificou e sofisticou o seu picadeiro, para que o público continuasse a surpreender-se, e assim, manter sempre viva a imaginação, a fantasia e a poesia do circo.

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