Desde que me conheço por gente, que entendo alguma coisa desse mundo, tenho um sonho. Desses que crescem com o tempo, desses que não podemos morrer sem antes realizá-los. Na verdade eram três: o primeiro, fazer uma tatuagem grande, muito grande, cobrindo toda minhas costas; coisa de doido, alguns diriam (ou maconheiro, outros acusariam). O segundo era algo mais turístico: queria conhecer de perto o animado carnaval da Bahia. E o outro, viajar sem destino, libertando todo o meu espírito aventureiro.
Dos três, apenas um permanece com grande entusiasmo. A tatuagem diminuiu de tamanho, não, ainda não a fiz, mas quando fizer será menor, ou menos exagerada (como sugeriu minha mãe). Pois continuo gostando desse tipo de arte, no corpo, mas concordo que precise ter algum significado importante. Não farei só por fazer, até porque já possuo uma, que foi muito bem pensada antes de fazê-la.
O carnaval na Bahia? Acho que não sou mais tão “folião” como fui há algum tempo. Não me sombra paciência para toda aquela multidão alvoroçada e todo aquele empurra-empurra, aperta-aperta, beija-beija. Porém, se ainda assim surgisse a oportunidade de ir, não desperdiçaria, aproveitaria para visitar o “outro lado” baiano. Mas digamos que morreria tranquilo mesmo sem conhecer ao vivo e a cores.
Já a viagem, desta não pretendo abrir mão. Tenho a imensa vontade de por uma mochila nas costas e sair sem rumo, me guiando apenas pelo vento e pelo horizonte logo em frente. Como ir? No “dedão”, de carona em carona, ou sobre uma moto (pode ser um jipe também). O importante é ir, sem regras, sem hora para chegar, sem dia para voltar. Fazendo o itinerário dia após dia, ao sabor do imprevisto.
Se tivesse vivido entre os anos 1960 e 70, talvez minha aventura fosse mais fácil, pois parece que tenho uma veia hippie viva e pulsando. Ou seria sangue nômade? Na mochila não é necessário mais que algumas roupas, alguns trocados e muita vontade. No entanto, é essencial uma câmera fotográfica, com muitas baterias reservas.
Registrar cada passo, é isso que pretendo durante a aventura. O que quero mesmo é conhecer o lado B dos lugares, ver o que não aparece nos guias turísticos, conhecer o dia-a-dia de pessoas desimportantes aos olhos do mundo. Fazer parte de uma vida anônima que acontece todos os dias, vivenciar culturas populares e também, fazer alguma coisa de bom, me sentir mais ser humano.
Um dia desses, vasculhando a internet, encontrei o blog de um médico gaúcho que largou uma vida normal para trabalhar no Acre, em meio à floresta, tratando índios esquecidos pelo restante do mundo. O nome dele é Oscar Espellet Soares e vale a pena conhecer um pouco mais do trabalho dele, é só acessar: http://www.medicodaamazonia.blogspot.com/. Foi algo que serviu para reacender a minha vontade de ser um cidadão do mundo.
Porém, enquanto não vou, continuo sonhando, para um dia sair sem destino buscando coisas que desconheço e deixando um pouco de mim por onde passar. Quando eu voltar saberei se valeu a pena. O que vale é o sonho, não? Mas por favor, não me deixem morrer enquanto não torná-lo real.
Dos três, apenas um permanece com grande entusiasmo. A tatuagem diminuiu de tamanho, não, ainda não a fiz, mas quando fizer será menor, ou menos exagerada (como sugeriu minha mãe). Pois continuo gostando desse tipo de arte, no corpo, mas concordo que precise ter algum significado importante. Não farei só por fazer, até porque já possuo uma, que foi muito bem pensada antes de fazê-la.
O carnaval na Bahia? Acho que não sou mais tão “folião” como fui há algum tempo. Não me sombra paciência para toda aquela multidão alvoroçada e todo aquele empurra-empurra, aperta-aperta, beija-beija. Porém, se ainda assim surgisse a oportunidade de ir, não desperdiçaria, aproveitaria para visitar o “outro lado” baiano. Mas digamos que morreria tranquilo mesmo sem conhecer ao vivo e a cores.
Já a viagem, desta não pretendo abrir mão. Tenho a imensa vontade de por uma mochila nas costas e sair sem rumo, me guiando apenas pelo vento e pelo horizonte logo em frente. Como ir? No “dedão”, de carona em carona, ou sobre uma moto (pode ser um jipe também). O importante é ir, sem regras, sem hora para chegar, sem dia para voltar. Fazendo o itinerário dia após dia, ao sabor do imprevisto.
Se tivesse vivido entre os anos 1960 e 70, talvez minha aventura fosse mais fácil, pois parece que tenho uma veia hippie viva e pulsando. Ou seria sangue nômade? Na mochila não é necessário mais que algumas roupas, alguns trocados e muita vontade. No entanto, é essencial uma câmera fotográfica, com muitas baterias reservas.
Registrar cada passo, é isso que pretendo durante a aventura. O que quero mesmo é conhecer o lado B dos lugares, ver o que não aparece nos guias turísticos, conhecer o dia-a-dia de pessoas desimportantes aos olhos do mundo. Fazer parte de uma vida anônima que acontece todos os dias, vivenciar culturas populares e também, fazer alguma coisa de bom, me sentir mais ser humano.
Um dia desses, vasculhando a internet, encontrei o blog de um médico gaúcho que largou uma vida normal para trabalhar no Acre, em meio à floresta, tratando índios esquecidos pelo restante do mundo. O nome dele é Oscar Espellet Soares e vale a pena conhecer um pouco mais do trabalho dele, é só acessar: http://www.medicodaamazonia.blogspot.com/. Foi algo que serviu para reacender a minha vontade de ser um cidadão do mundo.
Porém, enquanto não vou, continuo sonhando, para um dia sair sem destino buscando coisas que desconheço e deixando um pouco de mim por onde passar. Quando eu voltar saberei se valeu a pena. O que vale é o sonho, não? Mas por favor, não me deixem morrer enquanto não torná-lo real.
*Imagem: http://www.gettyimages.com.br/