Sou filho da revolução sexual, das diretas já, da emancipação feminina, da luta contra a ditadura, da virada do século, da mudança de milênio. Sou, assim como todos da minha geração, resultado de uma época de mudanças sociais e transformações comportamentais. A geração dos meus pais viveu um tempo onde não existia liberdade de pensamento, e o que eles fizeram? Lutaram por isso. Tempos em que o sonho de um mundo mais justo tinha mais valor que simplesmente passar no vestibular e ter um bom emprego.
Tempos em que ser hippie não era visto como apenas um estilo sujo e maconheiro de levar a vida, assim como muitas outras tribos e grupos. Um tempo em que estar numa universidade era mais do que dormir até tarde e saber um pouco daquilo que lhe dava um título, escrito no diploma. Um tempo onde existiam criatividade e originalidade na música, nas idéias, nas lutas, nas atitudes e nos comportamentos, fortes o suficiente para influenciar muito de tudo que veio depois.
Mas meus filhos serão filhos de quê? Deixaremos para eles uma porção de rimas fracas e chulas de funk, meia-dúzia de fotos de mulheres-frutas, algumas sub-celebridades saídas de algum reality show qualquer e um aquecimento global?
Injusto? Com certeza. Injusto com nossos pais, que nos deram a possibilidade de viver num mundo livre, de continuar uma luta pela humanidade. Que nos deram ídolos e heróis de verdade, que tanto defenderam o direito de nos garantir valores e viver com, e por, ideais. E o que fizemos? Transformamos tudo em bens de consumo.
É difícil entender o porquê de nossa inércia. Pois causas a serem defendidas, injustiças a serem combatidas, direitos a serem conquistados... não nos faltam, talvez carecemos de algumas doses de rebeldia que nos tire do sofá e faça ir em busca de algo que valha a pena, que nos torne mais humanos.
Em outras palavras, estamos fazendo história? Mas falo dessa com H, dessas que lemos nos livros didáticos. Dessa história que muda a trajetória da vida, que derruba pré-conceitos, reafirma valores, que muda visões. Essa história que move o mundo. Estamos fazendo?
Tempos em que ser hippie não era visto como apenas um estilo sujo e maconheiro de levar a vida, assim como muitas outras tribos e grupos. Um tempo em que estar numa universidade era mais do que dormir até tarde e saber um pouco daquilo que lhe dava um título, escrito no diploma. Um tempo onde existiam criatividade e originalidade na música, nas idéias, nas lutas, nas atitudes e nos comportamentos, fortes o suficiente para influenciar muito de tudo que veio depois.
Mas meus filhos serão filhos de quê? Deixaremos para eles uma porção de rimas fracas e chulas de funk, meia-dúzia de fotos de mulheres-frutas, algumas sub-celebridades saídas de algum reality show qualquer e um aquecimento global?
Injusto? Com certeza. Injusto com nossos pais, que nos deram a possibilidade de viver num mundo livre, de continuar uma luta pela humanidade. Que nos deram ídolos e heróis de verdade, que tanto defenderam o direito de nos garantir valores e viver com, e por, ideais. E o que fizemos? Transformamos tudo em bens de consumo.
É difícil entender o porquê de nossa inércia. Pois causas a serem defendidas, injustiças a serem combatidas, direitos a serem conquistados... não nos faltam, talvez carecemos de algumas doses de rebeldia que nos tire do sofá e faça ir em busca de algo que valha a pena, que nos torne mais humanos.
Em outras palavras, estamos fazendo história? Mas falo dessa com H, dessas que lemos nos livros didáticos. Dessa história que muda a trajetória da vida, que derruba pré-conceitos, reafirma valores, que muda visões. Essa história que move o mundo. Estamos fazendo?