Nunca fui do tipo que ficava se imaginando com uma determinada idade, hoje não me imagino com 24 anos, assim como não me imaginava com 18 ou não me imagino com 40, 50, etc. Fui vivendo os anos, talvez por isso tenham sido bem reais, mas regados a muitos sonhos.
O que muda?
Os sonhos... Os objetivos... Casa na praia e um carro bonito não habitam mais os meus sonhos como antes (nem gosto tanto assim de praia). Os sonhos de agora não podem ser comprados, e sim conquistados. Quero continuar, até onde for possível, vivendo, pode ser aqui ou em qualquer lugar, só preciso ter as pessoas que gosto e admiro por perto.
Quero chorar de rir, e ver algum sentido nas vezes que chorei de tristeza. Quero emoção, quero sentimentos. Quero continuar tendo a certeza que um papo engraçado num final de tarde com amigos me faz mais feliz do que uma conta bancária. Não quero ser uma pessoa vazia, com um cartão de crédito recheado. Espero mais de mim mesmo...
Mas enquanto isso, os cabelos brancos surgem intrometidamente, destacando-se entre os fios negros, denunciando que o tempo passa. Logo começarão os dores, as rugas, credo... esse cara chamado tempo é mesmo implacável. Já ouço crianças me chamando de vô, as gostosas (mais novas, claro) me chamando de velho babão e logo ali, vejo minha vaga na fila para idosos.
É, minha colega Denise sempre me chama de exagerado!
Tudo bem, enquanto for possível, estarei ali no bar, comemorando... a vida ... é só chegar!